A entidade, que representa a categoria, solicitou garantias do livre exercício da profissão em virtude da jornalista Shirley Assis, assessora de imprensa do candidato da oposição, ter sido barrada em coletiva de imprensa no município de Coari.
Nesta quarta-feira (3), o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (SJP/AM), por meio do Ofício nº 16/2021/SJPAM, solicitou do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Wellington José Araújo, que adotasse providências no sentido de assegurar as garantias necessárias ao exercício legal da profissão de jornalistas e demais comunicadores no acompanhamento dos fatos e informações da Justiça Eleitoral, a ocorrer no desenvolvimento da campanha e seus candidatos à Prefeitura Municipal de Coari.
O documento expedido pelo SJP/AM foi formulado com base na denúncia da jornalista e sindicalizada, Shirley Assis, de que no dia 1º de novembro, a referida profissional foi impedida de adentrar no Fórum Eleitoral da 8ª Zona, mesmo sendo formada em Jornalismo e tendo em mãos a carteira da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). Shirley Assis gravou um vídeo e postou em suas mídias denunciando o fato. Posteriormente, ela relatou ao presidente do sindicato, Wilson Reis. “Os portões estavam fechados. Bati muito até que um senhor, vestido com blusa preta abriu a porta da sede da 8ª Zona e disse que a coletiva de imprensa era só para jornalistas e não para assessor de candidato”, relembrou a jornalista
A profissional lembrou ainda que pegou a carteira da Fenaj e munida do documento, ainda tentou argumentar com o senhor. Mesmo batendo no portão incessantemente sob sol forte, não foi atendida pelo senhor.
O sindicato solicitou que o presidente do TRE investigasse a denúncia, apurando o ocorrido e assegurasse que os jornalistas, que atuam no município de Coari, onde ocorrerá eleição suplementar para os cargos de prefeito e vice-prefeito, no dia 5 de dezembro, não sejam impedidos de trabalhar.
O candidato pelo Partido Social Cristão (PSC), Robson Tiradentes Junior, afirmou que do rigor a ser adotado pelas autoridades competentes depende a lisura do pleito. “Começam proibindo jornalistas de participar de coletiva de imprensa, depois podem adotar outras práticas que não condizem com a democracia nem com a liberdade de expressão. Estamos confiantes de que durante todo o curto período eleitoral, que inicia no próximo dia 6 até a eleição no dia 5 de dezembro, práticas nocivas serão barradas pela justiça, garantindo a lisura”, declarou Robson Tiradentes Junior.