O Pico da Neblina, localizado na serra do Imeri, no Amazonas, ir\u00e1 retomar as atividades tur\u00edsticas neste m\u00eas de mar\u00e7o, ap\u00f3s quase 20 anos suspensas. O local \u00e9 considerado o ponto mais alto do Brasil, com 2.995,30 metros, e est\u00e1 localizado na terra ind\u00edgena Yanomami, perto de S\u00e3o Gabriel da Cachoeira.<\/p>\n\n\n\n
Desde 2003, o turismo na regi\u00e3o foi suspenso pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) com o intuito de impedir uma degradac\u0327a\u0303o ambiental e a violac\u0327a\u0303o dos direitos do povo ind\u00edgena Yanomami.<\/p>\n\n\n\n
As expedi\u00e7\u00f5es tur\u00edsticas no Pico da Neblina ser\u00e3o feitas em grupos de 10 pessoas. Atualmente, tr\u00eas empresas t\u00eam autoriza\u00e7\u00e3o para atuar na regi\u00e3o: Amazon Emotions, Roraima Adventures e Ambiental Turismo.<\/p>\n\n\n\n
A propriet\u00e1ria da Amazon Emotions, Vanessa Marino, informou que a expedi\u00e7\u00e3o de reabertura est\u00e1 prevista para o dia 17 deste m\u00eas.<\/p>\n\n\n\n
“Ate\u0301 enta\u0303o, a visitac\u0327a\u0303o ao Yaripo – nome dado pelos Yanimami para o Pico da Neblina – era realizada sem qualquer regulamentac\u0327a\u0303o ou controle dos o\u0301rga\u0303os responsa\u0301veis. A maioria dos turistas que subiu o pico na\u0303o sabia que ele esta\u0301 dentro de uma Terra Ind\u00edgena e da sua import\u00e2ncia espiritual para os Yanomami, apesar de quase sempre contratarem os mesmos como carregadores”, comentou.<\/p>\n\n\n\n
Conforme Vanessa Marino, o turismo no Pico da Neblina n\u00e3o deve favorecer apenas o setor, mas tamb\u00e9m as comunidades tradicionais. “A maior expectativa \u00e9 que essa atividade consiga gerar os benef\u00edcios para o Povo Yanomami, e eles tenham no turismo uma fonte alternativa de subsist\u00eancia”, disse.<\/p>\n\n\n\n
“\u00c9 uma expedi\u00e7\u00e3o complexa, dentro da maior floresta do mundo, interagindo com os Yanomami, que ser\u00e3o nossos guias e parceiros operacionais, com cronograma de 15 dias desde a chegada e o final em S\u00e3o Gabriel da Cachoeira, dos quais ser\u00e3o 10 dias dentro da mata”, contou Marino.<\/p>\n\n\n\n
O ponto mais alto do Brasil costuma ter uma procura imensa por pessoas que buscam conhecer o local, pela hist\u00f3ria que tem. Agora, com as expedi\u00e7\u00f5es liberadas, a expectativa \u00e9 que a demanda de turistas seja alta.<\/p>\n\n\n\n
“A procura \u00e9 imensa por ser um destino \u00fanico, do ponto mais alto do Brasil, imerso na natureza amaz\u00f4nica que desperta a aten\u00e7\u00e3o do mundo, e de intera\u00e7\u00e3o cultural com um dos povos mais antigos do planeta (Yanomami), e a expectativa \u00e9 que haja uma demanda expressiva”, contou.<\/p>\n\n\n\n
Em 2018, uma expedi\u00e7\u00e3o chefiada por zo\u00f3logos da USP, com a participa\u00e7\u00e3o do Ex\u00e9rcito e guias do povo yanomami, se deparou com novas esp\u00e9cies de animais e restos de garimpo no local.<\/p>\n\n\n\n
Caminhos at\u00e9 retorno de expedi\u00e7\u00f5es<\/p>\n\n\n\n
Desde 2003, o processo para que as atividades de turismo retornassem foram discutidos com a Funda\u00e7\u00e3o Nacional do \u00cdndio (Funai), o Instituto Chico Mendes de Conserva\u00e7\u00e3o da Biodiversidade (ICMBio) e Associa\u00e7\u00e3o dos Yanomami do Rio Cauburis e Afluentes (Ayrca), os quais det\u00eam a autonomia de autorizar as expedi\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n
Desde 2012, os Yanomami passaram a estabelecer parcerias com diversas instituic\u0327o\u0303es governamentais e da sociedade civil, com o intuito de criar as condic\u0327o\u0303es necessa\u0301rias para promover o plano de visita\u00e7\u00e3o, chamado de ‘Yaripo – Ecoturismo Yanomami.<\/p>\n\n\n\n
Ao longo de v\u00e1rias etapas realizadas para a construc\u0327a\u0303o do plano, novos apoiadores se juntaram ao ICMBio e Funai durante o processo de mobilizac\u0327a\u0303o e tomada de decisa\u0303o, segundo Vanessa Marino.<\/p>\n\n\n\n
Ap\u00f3s o plano ter sido elaborado, a Amazon Emotions e outras duas empresas foram credenciadas para as atividades de turismo no Pico da Neblina.<\/p>\n\n\n\n
A reda\u00e7\u00e3o entrou em contato com a Funai e com o ICMBIO para obter mais detalhes sobre o plano que regulamenta o turismo no local, mas ainda n\u00e3o obteve resposta.<\/p>\n\n\n\n
Fonte: G1 Amazonas<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Localizada em terra Yanomami, a montanha deixou de receber turistas em 2003 para impedir uma degradac\u0327a\u0303o ambiental e a violac\u0327a\u0303o dos direitos dos povos ind\u00edgenas.<\/p>\n","protected":false},"author":16,"featured_media":93047,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1100],"tags":[4670,1594,4671,1101],"yoast_head":"\n