No dia 30 de agosto de 2021, o general americano Kenneth McKenzie fez um anúncio aos repórteres que cobrem o governo dos Estados Unidos: “Estou aqui para anunciar o fim da nossa retirada do Afeganistão e o fim da missão militar para retirar cidadãos norte-americanos. Isso significa o fim do componente militar da retirada e também o fim da missão que começou no Afeganistão logo após o 11 de setembro de 2001”.
A declaração deixa claro como, passados 20 anos dos atentados cometidos pela Al-Qaeda em solo americano, o 11 de setembro de 2001 ainda tem consequências na geopolítica mundial.
Os EUA e o Oriente Médio foram os locais que mais mudaram após os atentados que ocorreram há 20 anos. Além das guerras, houve mudanças de legislação e mesmo da moral dos povos —há acadêmicos que dizem que um aumento da xenofobia entre os americanos tem origem nos atentados.
Veja abaixo algumas das formas pelas quais o 11 de setembro mudou o mundo:
A guerra ao terror
Os EUA começaram a reagir para dar uma resposta militar três dias depois do 11 de setembro. George W. Bush, o presidente, conseguiu uma autorização do Congresso dos Estados Unidos para atacar a Al-Qaeda, o Talibã e “forças associadas”.
Em 18 de setembro de 2001, estava iniciada, oficialmente, a “guerra ao terror” —portanto, o inimigo não era um Estado ou um grupo específico, mas qualquer um que, na concepção dos americanos, adotasse táticas terroristas.
Com essa aprovação do Congresso, o governo dos EUA ganhou mais autonomia para atacar sem autorização quando considerasse que isso fosse necessário —a expressão “forças associadas”, que está no texto legislativo, é subjetiva o suficiente para que os militares ataquem quem considerem perigosos.
Fonte: G1