Tem ganhado enorme espaço na mídia corporativa e patronal a declaração de
paz de Lula reconhecendo a responsabilidade da Ucrânia no conflito com a Rússia. A mídia pró Tio Sam tratou logo de defender os interesses do país que mais faz guerra no mundo, os Estados Unidos, segundo seu ex-presidente Jimmy Carter.
Nada de estranho a elite midiática defender seu patrão, assim como não nos causa espécie ela esconder as mazelas da violência que circundam aquele país do norte.
Escondem porque aqui no Brasil apoiam a mesma política de genocídio do
povo negro e jovem e a violência contra a mulher.
Vejamos alguns números.
1- Em 2020, os EUA tiveram o maior número de mortes por armas em 25
anos.
2- É o 5º país mais violento dentre os 47 países com maior IDH.
3- 110 norte-americanos morrem diariamente por causa da violência
armada
4- A cada homem branco morto a tiro, morrem mais 22 homens negros.
5- Uma a cada 4 mulheres nos EUA sofre algum tipo de violência
doméstica.
6- Em 2022, houve o maior número de tiroteios em escolas. 193 incidentes
com armas de fogo. Em 2021, foram 62, 61 morreram.
Vejamos agora o Brasil e o resultado da veneração das elites pelo senhor das
armas.
1- País com maior número de homicídios do mundo e o 8º mais violento.
(Escritório das Nações Unidas Sobre Drogas e Crime)
2- Em 2020, houve aumento de 5% na taxa de homicídio de mulheres praticados por arma de fogos. Efeito Bolsonaro.
3- Homens negros possuem 3,5 mais chances de serem assassinados por armas de fogo. (Instituto Sou da Paz).
4- No governo Bolsonaro, a quantidade de pessoas autorizadas a possuir
armas de fogo cresceu 473% (Anuário Brasileiro de Segurança Pública).
5- Brasil é o segundo país mais perigoso para mulheres visitarem.
6- 123 pessoas morrem por dia vítimas de armas de fogo.
7- A cada 11 minutos uma mulher é estuprada no Brasil (IPEA)
8- Em 2022, mais de 18 milhões de mulheres sofreram violência.
E por aí vai.
É essa fidelidade assassina aos Estados Unidos que tem trazido para o Brasil
os piores exemplos de anti-civilização.
A maior economia do mundo têm 40 milhões de miseráveis, enquanto o número de bilionários só cresce.
Nos próximos anos, os Estados Unidos perderão seu posto para a China, que
não gasta um centavo em guerra e tem empregado seus recursos em
tecnologia, comércio e energia limpa. A Elite brasileira ficará órfã.
Lula está mais uma vez certo em falar para o mundo o que a pedras já sabem:
o Tio Sam promove a guerra e o Brasil não deve se colocar como seu capacho.
Lúcio Carril
Sociólogo