As facções criminosas no Brasil estão atuando como um ‘estado paralelo’, com suas próprias regras, com uma espécie de tribunal, onde julgam e condenam à morte os que supostamente infligem qualquer de seu ‘estatuto’. Em Manaus, no Amazonas, recentemente, teriam ameaçado explodir postos de combustíveis, caso os empresários não baixassem o valor do litro do combustível, hoje a quase R$ 7,00.
Instaladas a ao menos 10 anos no Amazonas, as Facções criminosas intensificaram as atividades do narcotráfico e execuções com graus de violência extrema, decapitando e esquartejando as vítimas rivais e já dominam quase toda a capital, dividida por áreas e bairros, inclusive com sinais e as iniciais de cada uma.
O Modus Operandi das facções e os ataques são decididos e informados à população e as autoridades através de “salves” nas redes sociais que se espalham rapidamente.
Este ano de 2021, um salve divulgado e cumprido, causou pânico à população quando provocaram ataques planejados contra ônibus do transporte público, carros particulares, prédios e logradouros públicos e até contra delegacias na capital e no interior do Amazonas.
SEM INTIMIDAÇÃO
A força policial do Amazonas tem lutado, mas não consegue se antecipar, na maioria das vezes, aos ataques das facções que trabalham organizadas.
Mais recentemente uma das facções anunciou um novo massacre aos presídios públicos, por conta de interferências externas das autoridades.
É bom lembrar que há três anos uma rebelião causou a morte de mais de 50 detentos, seguida de outra com mais vítimas no sistema prisional do Amazonas, divulgado internacionalmente pela forma cruel e desumana com a qual as vítimas foram executadas.
Na rebelião sangrenta, cabeças de vários detentos foram decapitadas e outros tiveram os corpos esquartejados.
A REBELIÃO
A rebelião do dia 1º, de 2020, um domingo, dia de visitas e que durou mais de 17 horas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, causou a morte de 56 pessoas.
Em 2019 e em 2017 ocorreram outras rebeliões violentas, todas envolvendo lideranças e integrantes de facções criminosas, que já dominariam a maioria dos presídios não só no Amazonas, como na maioria dos estados brasileiros.