Semana passada a FVS-AM emitiu um comunicado sobre a circulação de novas variantes do coronavírus , inclusive da Delta, aqui na capital.
Estamos num período de transição do verão para a chuva, momento propício para circulação de muitos vírus e de doenças respiratórias. No entanto, numa pandemia, todo paciente com sintoma provocado pelo vírus tem que ser testado. Isso é um procedimento padrão que não está sendo seguido aqui em Manaus.
Médicos irresponsáveis estão diagnosticando todo paciente com febre, dor de cabeça, garganta inflamada, dor no corpo como virose – aquela virose comum neste período, sem encaminhar para teste de Covid. Isto pode gerar uma subnotigicação perigosa na pandemia, capaz de fortalecer as novas variantes e levar Manaus a uma nova crise.
Temos em todo estado 600 mil pessoas que não tomaram a primeira dose da vacina e 500 mil que não tomaram a segunda dose. 80% das mortes por Covid têm esse público como vítima.
O problema é que entre negacionistas e irresponsáveis o programa de imunização é comprometido, colocando toda população em risco, já que mantém o vírus forte e circulando.
O sistema de saúde ao não fazer a testagem dos pacientes também não contribui para o fim da pandemia ou mesmo para seu controle. Diagnosticar tudo como virose é ignorar a pandemia e ela não acabou. Temos em todo estado pouco mais de 40% de imunizados e 50% em Manaus. Os faltosos da segunda dose na capital ultrapassam 265 mil.
Os órgãos de saúde de Manaus e do estado precisam orientar o sistema para manter os procedimentos corretos de atendimento na pandemia. A única forma de saber se febre, dores na garganta, na cabeça e no corpo é virose provocada pela transição do verão para período de chuva ou Covid é o teste. achômetro não funciona e só ajuda o coronavírus e seus filhotes.
Lúcio Carril
Sociólogo