Deputado estadual, Arthur do Val (União Brasil) disse nesta quarta-feira (20) que renuncia ao cargo que ocupa. Decisão foi tomada após Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de São Paulo aprovar abertura de processo que poderia cassar Do Val.
À Folha de SP, Arthur do Val, líder do MBL (Movimento Brasil Livre) confirmou a renúncia e se disse perseguido. “Sem o mandato, os deputados agora serão obrigados a discutir apenas os meus direitos políticos e vai ficar claro que eles querem na verdade é me tirar das próximas eleições. Estou sendo vítima de um processo injusto e arbitrário dentro da Alesp, que promove uma perseguição política”, afirmou. “Vou renunciar ao meu mandato em respeito aos 500 mil paulistas que votaram em mim”.
O político se tornou alvo de diversas ações na Alesp após descrever refugiadas ucranianas como “fáceis” em viagem ao país.
“Detalhe: elas olham. E vou te dizer, são fáceis, porque são pobres. Minha carta do Instagram, cheio de inscritos, funciona demais. Depois eu conto a história. Eu não peguei ninguém, mas colei em ‘duas minas’, porque a gente não tinha tempo, e é inacreditável a facilidade. Essas ‘mina’ em São Paulo, elas iam cuspir na sua cara e aqui elas são super simpáticas, super gente boa”, diz o parlamentar em um dos trechos divulgados pelo site. Em outro áudio enviado a colegas do MBL, Arthur do Val compara a fila de uma balada à fila de refugiadas. “Acabei de cruzar a fronteira da Ucrânia com a Eslováquia. Eu juro por Deus, Eu nunca na minha vida. A fila das refugiadas, imagina uma fila de, sei lá, uns 200 metros… só deusa. É sem noção, é inacreditável. Se pegar a fila da melhor balada do Brasil, na melhor época do ano, não chega aos pés da fila de refugiados”, conta.