A seca história no rio Tarumã Açú, em Manaus, interrompeu as atividades em quase 100% dos flutuantes daquela região.
Os flutuantes se tornaram uma opção de lazer e atrativo turístico em Manaus, contribuindo para a geração de emprego e renda, impulsionando a economia local.
O movimento de banhistas, de lanchas, bares e restaurantes, caiu drasticamente desde os meados de setembro quando o rio secou rapidamente paralisando todas as atividades de flutuantes de aluguel de diárias e pernoites, dos serviços de restaurantes e bares.
Para o operador na região do Tarumã Açú, Roberto, conhecido como “Beto” disse que nunca o Tarumã secou tanto, nos outros anos o rio secava, mas as atividades não eram paralisadas com estão em 2023.
“Antes secava mas tínhamos o público; nuca tinha ficado como agora, sem clientes, agora está tudo fechado, caiu 100% do movimento de nossa atividade, não adianta ter o calor e não temos agua no rio. Esse ano de 2023 está sendo o pior ano para a atividade” disse Beto.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente Semmas, no Rio Tarumã Açu, na cidade de Manaus, existe cerca de 913 flutuantes instalados ao longo do Tarumã-Açu, 194 são residenciais, 251 garagens, 53 são píeres e 415 comerciais que operam com recreação e lazer.
Prejuízos. Somos cerca de 400 flutuantes operando no ramo de recreio e lazer, com envolvimento de 10 mil pessoas nos finais de semana, em toda a cadeia produtiva entres usuários, comerciantes, barqueiros e proprietários dos flutuantes. Estima que por meio de diárias e pernoites movimentamos cerca de R$ 9,3 milhão por ano, com notável importância para o desenvolvimento econômico sustentável do setor. Cerca de 300 mil pessoas frequentam anualmente os Flutuantes de locação de diárias e pernoites.
Prejuízos
Dos flutuantes comerciais de recreação de lazer que operaram com diária e pernoites estão 100% paralisados, seja eles os de aluguel de diárias e pernoites, para quem deseja passar o dia descansando e se divertindo com amigos e familiares, seja como restaurantes e bares, servindo refeições regionais, todos Estão parados. Tem donos de Flutuantes que estão tendo prejuízo entre 7 a 20 mil reais, outros que não tem outra fonte de renda e já estão passando por muitas dificuldades financeiras. Sem falar do restante da cadeia de envolvidos na atividade, como os comerciantes, barqueiros, diaristas, trabalhadores que dão a manutenção e reformas dos flutuantes, os donos de estacionamentos e vigias de carros. E o pior, sem nenhum amparo do governo e sem esperança de dias melhores para suas sobrevivências.
A proprietária do Flutuante AmazonVip, Elizangela, afirmou que estão pensando como fazer para pagar os seus funcionários, já que esse mês não teve aluguel. Já o Proprietário do Abaré, Diogo de Vasconcelos, informou que paralisou todas as atividades e que nos anos anteriores sempre mantinha funcionando o empreendimento. “Dei férias coletivas para os 43 funcionários, diferente da pandemia, nenhuma autoridade aparece para ajudar”.
Sem apoio e marginalizados
Os flutuantes atualmente são promotores de turismo sustentável e opções de lazer que atraem turistas e manauaras para desfrutar das belezas naturais da Amazônia, gerando emprego e renda.
“O que ficamos angustiados é que essa atividade rende emprego e gira a economia e o comercio, mas os governos estão marginalizando os donos dos Flutuantes e não dão nenhum valor para a atividade. Mas temos um projeto de transformar essa atividade turísticas num principal atrativo para Manaus”, afirmou Altemir Viana, administrador do Flutuante Moronguetá Amazônico.