Semana passada parei para ouvir o Praciano falar em cima da Kombi. Era um discurso com voz pausada, como se estivesse tendo uma conversa com seu neto. Senti sinceridade vindo de um homem maduro, com profundo desejo de justiça social e espírito humanístico.
PRACIANO falava sobre democracia e cidadania. Não nos modelos restritos ou nos conceitos acabados. Falava de pluralismo como categoria da democracia e da cidadania. O velho Praça desceu do palanque e passou a fazer um “parto intelectual” com seus eleitores, como na maiêutica socrática.
“A sociedade precisa de políticos como Amon Mandel, Serafim Correa, Vanessa Grazziottin, José Ricardo… e muitos outros que possam representar a diversidade do povo brasileiro e do povo amazonense. Mas tem que ser gente séria, comprometida com os melhores valores da humanidade.”
“É preciso que o cidadão e a cidadã tenham a mesma determinação do filósofo Diógenes, que andava em Atenas dentro de um barril com uma lamparina na mão à procura de homens honestos. Hoje, nossa lamparina é a internet e as mídias eletrônicas. Nelas podemos saber do currículo e da vida de homens e mulheres candidatos à função pública e impedir que a política continue sendo um covil de muitos malfeitores.”
PRACIANO falava de uma democracia ampla com qualidade na política, a partir de uma tomada de consciência dos cidadãos e cidadãs, que instaurariam no voto uma sociedade plena de cidadania. O político ladrão existe como obra do eleitor. Se houver seriedade e consciência na decisão, a política pode ser a grande força para se construir um mundo mais justo.
PRACIANO sabe o quanto vale a democracia, mas também sabe que somente a cidadania pode fazer da política um meio de transformação e justiça.
Fiquei ouvindo meu amigo falar, como quem falava para os pássaros. E ali pássaros lhes ouviam tentando descobrir o que fazer de suas asas.
PRACIANO 13610
Deputado estadual
Lúcio Carril
Sociólogo