O tiroteio na madrugada desta sexta-feira, entre duas facções criminosas em comunidades no Rio de Janeiro, ilustra muito bem o descaso do governo federal às populações que vivem sob o controle do crime organizado no Brasil.
No conflito, uma das vítimas fatais foi um tenente da Polícia Militar do Rio, morto com um tiro na cabeça durante a ação para conter a ‘guerra’ entre duas facções criminosas. As ações de intervenção da polícia ocorreu no Complexo de Israel e no Parque das Missões, na Baixada Fluminense.
TORMENTO À POPULAÇÃO
Quem sofre com as ações cada vez mais intensas e violentas das facções criminosas atingem diretamente a população dessas comunidades, não só no Rio e em São Paulo, mas em todo o Brasil.
O CRIME ORGANIZADO EM MANAUS
Em Manaus, não é diferente e o crime organizado domina dezenas de bairros na periferia, onde em alguns casos, controlam comércios, serviços e atuam como uma espécie de ‘governo paralelo’, ditando as próprias regras, leis e nos casos mais tenebrosos, como ‘tribunal’ do crime, julgando e condenando a morte rivais ou quem os desafia.
Existem relatos de moradores que não podem ser identificados, de cobrança de ‘pedágio’ e até de ‘invasões’ de casas quando se negam a pagar aos criminosos.
NENHUM PROJETO OU PLANO PARA CONTER O CRIME
Não se ouve falar sobre nenhum projeto do governo federal para o combate ao crime organizado e as autoridades policiais vivem ‘enxugando gelo’, como alguns policiais dizem.
Os estados estão cada vez mais acuados e sem condições de atuar no combate ao crime organizado. O governo precisa organizar um plano para ajudar a população nesses estados e nas comunidades e periferias do Brasil.
Nas ruas de Manaus é comum ver iniciais de facções demarcando territórios, sem que haja qualquer intervenção das autoridades para apagar ou evitar o tipo de delimitação. O crime assusta a população que vive à mercê dos criminosos.