A Seleção Brasileira, tradicionalmente associada ao uniforme amarelo, causou grande repercussão nas redes sociais e na mídia ao lançar uma camisa vermelha como parte de uma ação promocional recente. Embora o uniforme não tenha sido oficialmente usado em campo por jogadores da seleção principal, ele gerou forte reação política e ideológica, revelando como o futebol e a política no Brasil continuam entrelaçados.
A principal polêmica gira em torno da cor vermelha, historicamente associada a partidos de esquerda, especialmente ao Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para muitos críticos, especialmente simpatizantes da direita e do ex-presidente Jair Bolsonaro, a camisa vermelha seria uma forma de instrumentalização política da Seleção Brasileira, o que eles consideram inadequado.
Por outro lado, defensores da iniciativa afirmam que a camisa vermelha tem um significado simbólico ligado à doação de sangue e à luta por causas sociais, como foi sugerido em campanhas sobre saúde e solidariedade. Também argumentam que cores não pertencem a partidos políticos, e que a polarização exagerada impede iniciativas criativas e inclusivas no esporte.
Além disso, essa discussão ocorre em um contexto em que a camisa amarela da Seleção foi amplamente usada por grupos bolsonaristas nos últimos anos, o que, na visão de muitos, politizou o símbolo nacional e afastou parte da população de seu uso tradicional e neutro.
A polêmica escancara a divisão política no país, onde até mesmo aspectos culturais e esportivos, como o uniforme da Seleção, acabam sendo lidos por meio de lentes partidárias. A repercussão reforça a necessidade de repensar o uso de símbolos nacionais e de evitar que a paixão pelo futebol seja contaminada por disputas ideológicas.