O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dá claros sinais de que não pretende se candidatar à reeleição em 2026. Não que ele não queira ou tenha condições físicas para isso, mesmo estando com 81 anos nas próximas eleições.
A entrevista do presidente Lula à CNN Internacional mostram um presidente decepcionado, cansado, mas com vontade de continuar. Lula não garantiu que será candidato, mas também não descartou totalmente a possibilidade.
Para a mesma emissora, Lula chegou a afirmar, em 2022, que ‘não tentaria uma nova eleição”. Mas disse que estaria pronto se os partidos aliados o indicassem a reeleição, segundo ele, para combater um ‘suposto’ candidato ‘negacionista’, de ‘extrema-direita’ e que não ‘acredita na ciência’.
A questão de uma possível desistência da reeleição, esbarra na pífia performance do terceiro governo. Lula não conseguiu o desempenho esperado inclusive pelos mais ferrenhos aliados e para o próprio Partido dos Trabalhadores (PT).
Dados das últimas eleições municipais dão esse start e mostram que o partido do presidente foi o mais rejeitado nas eleições em todos os estados da federação. Tanto, que o partido começou a reavaliar estratégias e mudanças drásticas na maneira de comunicação com o eleitor, principalmente com os jovens.
Os números da economia também demonstram o equívoco do governo e também refletiram nas urnas. O tema economia, tão qual ocorre na maioria dos países, é o principal termômetro para o desempenho eleitoral em qualquer eleição majoritária. A economia no Brasil não vai muito bem e o déficit interno é alarmante e sem perspectivas de melhoras nos próximos anos.
Um dos principais erros cometidos pelo presidente Lula neste terceiro mandato, foi justamente na forma de tratar a economia. Acostumado a governar com projetos populistas, sociais e para as camadas mais sensíveis ao capitalismo selvagem, o presidente parece não ter feito a leitura correta do ano vigente, 2024.
Lula chegou ao governo e talvez não tenha percebido que a juventude está mais conectada aos problemas econômicos, tem mais acesso as informações sobre as necessidades globais em vários segmentos e talvez, não tenha visualizado esse contexto e indiferente à mudança, não conseguiu transmitir a sua informação para o jovem leitor e essa massa da população ávida por independência financeira.
O governo encontrou uma população mais informada, devido a tecnologia e velocidade da comunicação virtual ou digital. Não se deixou levar por qualquer ‘frase de efeito’ ou promessas ‘duvidosas’. Na propaganda eleitoral feita pelo marketing do então candidato Lula, esqueceu de avisá-lo que hoje, o eleitor sabe cobrar e está cobrando as ‘promessas’ feitas em campanha, diferente de antes da tecnologia da informação.
OUTRAS LEITURAS ERRADAS
Não foi só no âmbito interno que o governo do presidente Lula pecou. Interlocutores do presidente teria que tê-lo avisado sobre as informações que os jovens e a população mais idosa tem em relação aos termos ‘socialismo’, ‘comunismo’, ‘Coreia do Norte’, ‘governos totalitários’, ‘Venezuela’, ‘cuba’, ‘globais’ e tantos outros os quais a juventude e mesmo as pessoas mais antigas descobriram com o advento da internet.
Hoje os estudantes brasileiros já estudam na maioria das escolas no ensino fundamental, noções e economia, de política e conflitos internacionais. Não se deixam levar por informações desconexas e sem base concreta.
Se o pai diz para o filho de 15 anos que não pode comprar um celular novo, ele automaticamente sabe que o genitor está ganhando pouco, que o desemprego está alto ou que a inflação está fora de controle e que por isso o pai ou a mãe não podem lhe der o que ele precisa, uma vez que o aparelho de celular é cada vez mais necessário no dia-a-dia dos jovens.
VIOLÊNCIA
O presidente Lula não foi bem informado que o jovem e as pessoas de um modo geral, não suportam mais tanta violência.
Por exemplo: se um adolescente de baixa renda ganha um celular dos mais baratos que seja, se é roubado na rua por outro jovem ou até um menino mais novo que ele, é porque algo está muito errado e a culpa é do governante.
A vítima do furto ou roubo não quer saber quem está no poder, ele quer solução.
DINHEIRO PARA ESTUDAR
O governo também não pode esquecer que o momento é diferente dos dois últimos governos do atual presidente Lula. Os projetos populistas precisam ser bem elaborados caso contrário pode ser um ‘tiro pela culatra’.
O programa Pé-de-Meia, por exemplo, onde os estudantes matriculados no ensino médio regular ou na educação de jovens e adultos (EJA) das redes públicas, com idade compreendida entre 14 e 24 anos, que integrem famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ganham como incentivo 200 reais por mês, não garante e muito menos resolve o problema da enorme evasão escolar.
A realidade do estudante brasileiro nessa faixa etária é a completa falta de incentivos nas salas de aula. A educação pública pouco avançou na maioria dos estados brasileiros.
O estudante europeu ou norte-americano está na era tecnológica do ensino enquanto o brasileiro nas ‘cavernas’.
Poucos escolas, a exceção das particulares, tem quadros interativos e notbooks ou internet em salas aula. Ai vem uma Lei proibindo a utilização de celulares nas salas de aulas. Ao contrário, o instrumento poderia agregar no ensino.
LULA NÃO DESCARTA REELEIÇÃO
O presidente Lula, porém, não descartou a reeleição, mas a entrevista à CNN internacional, falou que tem partidos que o apoiam, mas que só falará sobre o assunto em 2026.