O governador Wilson Lima (União Brasil) e outros governadores brasileiros estiveram reunidos com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na manhã desta quarta-feira (5) para tratar sobre o texto da Reforma Tributária e pala preservação da Zona Franca de Manaus (ZFM). Wilson Lima defende um tratamento diferenciado ao modelo econômico.
Wilson Lima afirmou “reconhecer” o esforço do Governo Federal para que a região continue a receber tratamento tributário diferenciado. “Reconhecemos o empenho do governo Federal. O governo do Amazonas apoio a reforma e precisamos seguir na simplificação tributária. A reforma ainda nos causa preocupação, mas que o modelo da Zona Franca posso ser mantida. Ela representa 70% da nossa atividade econômica”, disse Lima durante a reunião.
O governador também defendeu a criação de um fundo de compensação para a região. ” Apresentamos também a questão do fundo que possa fazer a compensação. O Ministério da Fazenda está fazendo esse desejo. O que estamos pedindo é um tratamento desigual para os estados desiguais”, pontuou Wilson Lima.
Ainda em Brasília, o governador disse que busca também garantir a inclusão de outras matrizes no estado, como a bioeconomia, o potássio e o gás natural.
“Unimos nossos esforços para manter os incentivos às empresas do Polo Industrial de Manaus e garantir o desenvolvimento do modelo, deixando espaço para incluir novas atividades, como a bioeconomia, o potássio e o gás natural”, disse.
Durante a reunião, o ministro expressou seu apoio à continuidade do regime diferenciado ao modelo econômico até 2073. “Recebi uma série de sugestões para serem incorporadas ao relatório (em discussão na Câmara). Da nossa parte, há simpatia para tratar da zona franca com maior atenção, com esse projeto que garante a sustentabilidade da região. Queremos a sua manutenção, pelo menos, até 2073. Da parte do governo federal, a região tem um futuro promissor”, disse Haddad.
Sem o tratamento diferenciado à região, segundo Haddad, haverá muita dificuldade em atingir as metas de preservação ambiental, que o Brasil já está comprometido. Ele lembra, por exemplo, da pressão ambiental da União Europeia sobre o acordo comercial com os países do Mercosul.
O ministro ainda chegou a destacar que será feita a política do “ganha-ganha”, afirmando que nenhum estado será prejudicado com a aprovação da Reforma Tributária. “É um jogo de ganha-ganha. Todo mundo vai ganhar, porque o Brasil vai ganhar”, disse o ministro.