Durante discurso em Kiev, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chamou atenção dos civis para aquela que seria a noite mais difícil da guerra com a Rússia. Seu principal temor é um ataque russo à capital do país, Kiev, ainda na madrugada deste sábado (26); “o destino do país será decidido agora”, disse ele.
“Esta noite será mais difícil do que o dia. Muitas cidades do nosso estado estão sob ataque: Chernihiv, Sumy, Kharkiv, nossos meninos e meninas em Donbass, as cidades do sul, atenção especial a Kiev. Não podemos perder o capital”, disse Zelensky.
“Esta noite será a mais difícil. O inimigo vai com tudo. Devemos resistir. A noite será muito difícil, mas o amanhecer virá”, disse ele em um discurso.
As autoridades ucranianas informaram que tropas russas tomaram a região onde fica o depósito de resíduos nucleares de Chernobyl. As forças russas chegaram depois de cruzar a fronteira da Belarus com a Ucrânia.
Em 2005, a Organização das Nações Unidas previa que, além de 50 mortes diretamente atribuídas ao desastre, outras 4 mil pessoas morreram depois – e aos poucos. Por causa de um risco que não se vê, mas se sente no corpo: a radioatividade.
Em 1996, o Jornal Nacional fez uma série de reportagens sobre os dez anos do acidente. E quem acompanhou de perto foi o apresentador César Tralli.
Rússia e Ucrânia tentam retomar diálogo
O porta-voz da Presidência da Ucrânia disse que o governo de Kiev está preparado para retomar conversas sobre cessar fogo.
Segundo o representante do governo ucraniano, os dois países ainda precisam decidir local e hora para seguir com as negociações.
O Kremlin sinalizou interesse em conversar, e acionou o governo de Belarus – aliado russo – para que as negociações fossem sediadas na capital Minsk.
Os ucranianos preferem que a reunião aconteça em Varsóvia, na Polônia – país-membro da Otan.