Os principais indicadores do mercado financeiro brasileiro operam no campo positivo nesta quinta-feira, 10, com investidores de todo o mundo repercutindo o avanço da inflação ao consumidor nos Estados Unidos acima do projetado, e os impactos na subida dos juros ao longo de 2022. Por volta das 12h45, o dólar operava com queda de 0,8%, cotado a R$ 5,185. O câmbio chegou a mínima de R$ 5,175, enquanto a máxima não passou de R$ 5,248. A divisa norte-americana encerrou a véspera com queda de 0,64%, a R$ 5,226. Se descolando do clima negativo nos mercados internacionais, o Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, registrava alta de 0,7%, aos 113.283 pontos. O pregão desta quarta-feira, 9, encerrou com avanço de 0,2%, aos 112.461 pontos.
Os preços ao consumidor norte-americano registraram alta de 0,6% em janeiro e de 7,5% no acumulado de 12 meses, informou o Departamento do Trabalho nesta manhã. A soma anual é a maior desde fevereiro de 1982. O registro de um dos principais indicadores da inflação veio acima do projetado pelo mercado e tende a pressionar o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, a elevar os juros nas próximas reuniões. O Fed divulgou no fim do ano passado que vai reduzir a compra de títulos públicos. Em janeiro, a entidade também apontou a elevação dos juros, atualmente entre 0% e 0,25%, em ao menos cinco reuniões durante 2022. A mudança na política monetária impacta nas Bolsas globais pela migração de dólares para o Tesouro dos EUA, considerado um dos investimentos mais sólidos do mundo.
Na pauta local, a prestação de serviços cresceu 10,9% em 2021 — o maior registro desde o início da série histórica, há dez anos —, e superou as perdas de 2020, quando registrou queda de 7,8%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro, o setor, o mais importante para a economia doméstica e que abriga a maior parte do mercado de trabalho, cresceu 1,4%, o segundo mês seguido de resultado positivo. Esta foi a última divulgação dos principais setores da economia pelo IBGE. Ontem, a entidade informou que o comércio registrou alta de 1,4% em 2021— o quinto ano seguido de crescimento. Já a indústria teve avanço de 3,9%, o primeiro dado positivo após dois anos de retração.
Fonte: JP Notícias