O portal Flagrante que completa neste dia 24, 16 anos de fundação, conta a história da Confraria Amigos do Fast Clube, o saudoso ‘Rolo Compressor’, que fez história nos anos 70, 80 e 90 no Amazonas, em jogos clássicos contra o Nacional, Rio Negro, Sul América, América e São Raimundo.
Hoje, o time Master é comandado pelo empresário e ex-jogador do Fast, Marcos Marco Santos, o Marquinhos, presidente da Confraria Amigos do Fast Club Manaus.
PORTAL FLAGRANTE: Presidente, conte um pouco da história da confraria, como e quando foi criada?
MARQUINHOS – A Confraria surgiu no momento atípico. Nós estávamos passando por uma pandemia, em 2021 e estávamos ausente do dia-a-dia, do cotidiano, do futebol de todos os domingos. Foi ai que resolvemos conversar por telefone e idealizamos a criação de uma confraria do Fast Club. No primeiro momento pensamos em reunir todos os ex-atletas do Fast Club, desde a fase Júniores, até o profissional. Alguns aqui já passaram dos 60 a 70 anos, outros beirando os 50 anos. São várias gerações do Fast Club. E nós agregamos uma família de amigos. Fui da base, ex- profissional do Fast, na década de 80. Tive a passagem pelo Fast e agora presido a confraria.
PORTAL FLAGRANTE: Quem participa e lhe ajuda na administração e apoio para os jogos?
MARQUINHOS – Hoje, nós representamos o Fast Club, eu, Fernando Vella, Nilson Leão, Leudivan e muitos outros. Em 2021, viajamos para Fortaleza, para enfrentar o Ceará e a coisa cresceu, viajamos com 69 atletas e comissão, em seguida, recebemos o convite da Luso para ir a Belém do Pará, representar o Amazonas. Representamos muito bem, ganhamos do Tuna Luso e do Yamado, e demos continuidade. Agora temos um projeto audacioso que é o projeto Via 2023, estamos agregando 63 participantes no evento grandioso para jogar contra Bangu, da década de 80 e 90. Aceitamos o convite do Marcelinho, ex-jogador amazonense que atuou no Bangu, do Rio de Janeiro. E nós estamos indo jogar contra o Bangu e contra a Força Esportiva do Pau Grande, cidade do craque Garrincha, eterno ídolo do Botafogo. Então nós vamos jogar dia 28, em Moça Bonita, contra o Bangu Master, e no dia 29, no aterro do Flamengo, contra a Associação Força Esportiva Pau Grande. É uma logística muito grande, mas isto é o fruto que plantamos no esporte. Quem joga futebol faz amizade, e nós temos verdadeiros amigos. Nós sabemos que quando passamos pelo futebol o quanto é difícil fazer o profissional, imagine o amador. Mas nós vamos sensibilizando os atletas.
PORTAL FLAGRANTE: Como é que funciona a confraria e como é feita essa logística, uma vez que até hoje, para um time que joga na série D, por exemplo, é difícil conseguir patrocínio?
MARQUINHOS – A confraria é uma gestão de empresa que consegue trazer os confrades adeptos, que contribuem todos os meses, como se fosse uma obrigação, para que ele possa viajar. Por exemplo, tem pacote de viagem, com passagem aérea de ida e volta, hotel, café da manhã, almoço e jantar, e tem pacote, somente hotel, café da manhã, almoço e jantar. O atleta contribui todo mês, será contabilizado no financeiro e administra isso através de uma empresa que é da minha família – (a MM Viagem e Turismo). A empresa é responsável pela logística, oferecendo segurança e garantia para que todos os atletas possam viajar tranquilos. Nós estaremos viajando no dia 26, com 62 pessoas, das quais, 39 passagens (estou falando somente ida), ida e volta são 78 passagens emitidas pela empresa. Dentro de um critério, você fechou o pacote, ele vai até o final dos nove meses com aquele valor, e não altera. Então, isso é uma gestão que nós implantamos. Não é difícil, é somente preciso de pulso e transparência. Seguir as normas da confraria e fazer isto com tranquilidade.
APOIO DO DR. SONDAVAL
Para ajudar na logística, a Confraria Amigos do Fast Clive conta com apoiadores que acreditam no projeto. Um deles é o advogado Sandoval Freitas. Para ele, o projeto da confraria é interessante e ele próprio participa da confraria.
PORTAL FLAGRANTE: Dr. Sandoval, como o senhor vê esse projeto dos meninos?
DR. SANDOVAL – Eu, e o Marquinho, fora os outros diretores, nós nos conhecemos em 1980, quando ingressamos na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), quando disputávamos os jogos universitários. O Marquinhos, naquela época era muito habilidoso e jogava conosco. Depois que nos formamos, cada um foi para seu lado, ele também jogou no Fast e criou essa Confraria. São ex-jogadores e amigos. Ele me convidou para que eu pudesse contribuir para que essa confraria tivesse visibilidade, e se mantivesse viva. Eu tenho feito parcerias, ajudado, com equipamentos, bolas, com manutenção de despesas, de locomoção. Então, eu, como membro da confraria, a gente contribui. Essa família é muito unida e o Marquinho é um visionário. Ele consegue agregar e buscar a contribuição de um e de outro para que o projeto dele seja um projeto perene. Então, é difícil, ninguém investe em futebol. E essa confraria é uma confraria de ex-atletas, que periodicamente se reúnem. Hora, estão disputando no Rio de Janeiro e São Paulo, as vezes aqui em Santarém, em Porto Velho, aqui no interior no interior do Amazonas, recentemente foram a Tefé. Então, é uma Confraria respeitada que tem a união dos seus membros e todos unidos em só objetivo de contribuir para dar continuidade nesse projeto e manter vivo o nome do Fast Club e dos ex-atletas do Fast Club. E me sinto horado de fazer parte dessa confraria.