O cometa Bernardinelli-Bernstein, um dos maiores já descobertos, se aproximará da Terra nos próximos dez anos, dando uma chance para que os cientistas possam estudá-lo e buscar mais informações sobre a formação do sistema solar. Não há razão para preocupação quanto a um possível choque: ele passará longe o suficiente para que a gravidade não o atraia para o nosso planeta. O Bernardinelli-Bernstein tem 150km de diâmetro, 31 vezes o tamanho considerado comum para as descobertas desse tipo de corpo celeste, e foi detectado pela primeira vez em 2014 pelos astrônomos Pedro Bernardinelli, que é brasileiro, e Gary Bernstein, americano. Quando foi visto pela primeira vez, o cometa chegou a ser confundido com um planeta-anão, embora posteriormente se tenha identificado corretamente que tipo de astro era. Ele estava próximo da órbita de Netuno, o mais longe que um cometa já foi visto no sistema solar.
“Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto — ou pelo menos maior do que qualquer um bem estudado — e o flagramos cedo o suficiente para que as pessoas o vissem evoluir à medida que se aproxima e aquece. Ele não visita o sistema solar há mais de 3 milhões de anos”, comentou Bernstein. Um cometa é um corpo celeste que orbita o sol e é normalmente composto de gelo, poeira e pouco material rochoso. Pode ser identificado por deixar uma ‘cauda’ que se estende por milhões de quilômetros. O que diferencia o Bernardinelli-Bernstein é o seu tamanho, já que dentre os 3.473 cometas descobertos, a maioria tem menos de 5km de diâmetro. Ele estará mais próximo da Terra no dia 21 de janeiro de 2031, mas ainda a 2,5 bilhões de quilômetro do sol.
Fonte: JP Notícias