Muitas mulheres são iguais a Cris Barros e elas podem ser encontradas na periferia da cidade, dirigindo ônibus, cuidando de pacientes nos hospitais, dirigindo empresas, defendendo juridicamente clientes ou simplesmente cuidando dos filhos, da casa e dos afazeres domésticos.
Não que cuidar de casa seja inferior a qualquer uma dessas profissões, se não, até mais difícil, uma vez que a mulher tem que se desdobrar para manter tudo sob controle.
Cris Barros é uma dessas mulheres, com o diferencial de ter a coragem de ir em busca de melhores condições de vida para outras pessoas.
Vítima de preconceitos, negra de pele, da qual tem muito orgulho, ela tenta conseguir se eleger deputada federal para, entre outras bandeiras, cuidar melhor de pacientes com distúrbios mentais.
Ela sofre na pele o problema, mas não esmorece e de tanto correr atrás de soluções, percebeu que somente com políticas públicas e atenção especial ao grave problemas de milhares de famílias que sofrem, muitas vezes caladas, com parentes dentro de casa sem o mínimo de apoio do poder público para ajuda-las.
“Não consigo imaginar um país com tantos casos de pessoas com algum tipo de problema mental e não exista dentro das unidades de saúde da maioria das capitais brasileiras, atendimento 24 horas para essa demanda que é assustadora e que cresceu substancialmente com a Pandemia do Covid-19”, questiona.
Formada em Economia, mas atuando no ramo de eventos há mais de 30 anos, Cris conta que sentiu na pele o descaso e abandono que a sua categoria viveu na pandemia. Não tiveram nenhum tipo de auxilio e muitos faliram ou estão com o nome ‘sujo na praça’.
MULHER FORTE
Em meio a um dos piores momentos da vida, durante a pandemia, ela jamais desistiu da família, do marido que chegou a abandoná-la, por ter ficado doente psicologicamente e os dois filhos.
Ao invés de choramingar, ela correu atrás de ajuda, dos amigos, dos parentes e sobreviveu a uma verdadeira ‘guerra’. Arregaçou as mangas, recomeçou praticamente do zero, sem deixar o emocional dominá-la.
“Hoje venho através dessa eleição, colocar minha história, minha luta, minha força de vontade à disposição da população do meu estado. Lutarei pelo empoderamento da mulher, pela categoria a qual pertenço, do ramo de eventos, mas prioritariamente, para ajudar as mães e mulheres que sofrem caladas a dor de não puder ajudar seus parentes com transtornos psicológicos.
Eu sou A Cris Barros e meu número é 1223.