Bolsonaro foi denunciado ao Tribunal de Haia por crime contra a humanidade. O processo está em tramitação e, por enquanto, se refere ao genocídio dos povos indígenas.
Mas há crime contra todo o povo brasileiro, na determinação tenebrosa do genocida em chegar à imunidade de rebanho através da contaminação em massa pelo coronavírus, tese rechaçada desde o início pela ciência.
Estou vendo desde cedo a CPI da Covid.
É estarrecedor o crime contra a vida cometido pela Prevent Senior, com o uso de medicamentos sem eficácia contra a Covid. O crime vai da economia com uso de remédios pelo plano de saúde, que remetia o kit-covid para casa do paciente e lá ele morria, sem que procurasse internação, procedimento mais caro, até a coação de médicos para receitar o tratamento ineficaz. Ou seja, foi uma ação organizada para matar.
O ministério da saúde usou em Manaus o mesmo protocolo da Prevent Senior durante a crise pandêmica aqui, elevando o número de mortos. Muitos dos que usaram ivermectina, hidroxicloroquina, colchicina, prednisona e outros medicamentos sem eficácia ainda sofrem com os seus efeitos até hoje, inclusive com alguns vindo a óbitos.
O Ministério Público Federal já abriu processo contra a empresa de saúde Samel, que fez uso da droga proxalutamida com pacientes de Covid em Manaus e no interior, sem autorização da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa – Conep e da Anvisa. Há suspeita de 200 mortes.
Tanto a Prevent Senior quanto a Samel burlaram a ciência e a ética médica. Nem mesmo os pacientes eram informados sobre os riscos dos medicamentos.
Foi uma experiência macabra, semelhante à praticada por Josef Mengele, o anjo da morte nazista, durante a segunda guerra mundial. Tudo feito com a aquiescência do governo Bolsonaro.
A CPI precisa remeter seu relatório ao Tribunal de Haia e o MPF deve apurar com rigor a suspeita de crime coletivo contra a vida praticado pela Samel.
Lúcio Carril
Sociólogo