Não me sentiria bem se neste fim do ano eu não falasse que te amo. Nós construímos esse amor, essa cumplicidade de pensar e realizar coisas boas.
Nem imagino minha vida sem teu abraço, teu carinho, tua forma de tirar sarro e de questionar as coisas mais bizarras da vida. Só você, meu amor, é capaz de sair da trivialidade e zombar da mediocridade.
Como eu poderia viver sem tua chatice; jamais. Te gosto como quem gosta da humanidade. Você pode ser chato, chata, mas e daí, se eu te amo.
Vivo lutando contra meus limites e leseiras, mas é você, meu amigo e minha amiga, que me faz dizer não às coisas feias da vida. Você me ensina com teu amor.
O tempo vai passando e a gente continua juntos, apegados pela solidariedade, pelas lágrimas e pelos risos. Você é parte da minha vida. Eu não conseguiria viver sem teu afago.
Quanta sorte ainda temos de estar juntos. Muitos dos nossos partiram, deixando uma enorme saudade. Mas sabe, meu amigo e minha amiga, ainda ouço-os sussurrando no meu ouvido e os vejo nas esquinas das ruas
empoeiradas.
Sinto falta da nossa gente que se foi. Muitos partiram prematuramente, quando a vida ainda só começava a despontar. Eles e elas ficarão sempre na minha memória e no meu coração.
Sei que muita gente acha que falar de amor é piegas, mas não estou nem aí. Vou continuar abraçando, chorando, amando. Feio é quem vive na escuridão da amargura.
Está terminando o ano. Como foi bom continuar contigo, tomando umas cachaças, falando tolices, rindo como uma criança feliz, resistindo às mazelas do desamor, lutando por um mundo melhor e sonhando com a primavera que um dia há de chegar.
Obrigado, meus amores. Obrigado por fazer parte da minha vida e me proporcionar tanta alegria. Se tem uma coisa boa na vida é ter amigos e amigas de verdade.
Lúcio Carril
Sociólogo